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Agricultores europeus prometem continuar com protestos contra agenda ambiental
Mundo
Publicado em 03/02/2024

Os agricultores da Europa, que fizeram um protesto na quinta-feira 1º com cerca de 1,3 mil produtores rurais na capital da Bélgica, vão continuar mobilizados. 

A categoria, que levou tratores para Bruxelas, a exemplo do que têm feito outros agricultores europeus, afirmou que não houve avanço nas negociações com o governo.

Os produtores estão com raiva — é a palavra que eles usam — do excesso de regulamentação na agricultura para atender à agenda ambiental e encarece a atividade agrícola. 

Em alguns casos, a produção é inviabilizada. 

Países da União Europeia importam alimentos para diminuir os danos ambientais. 

Os preços são mais baixos, e isso enfurece os agricultores europeus.

“Queremos acabar com essas leis malucas que chegam todos os dias da Comissão Europeia”, disse à agência Reuters José Maria Castilla, agricultor que representa o sindicato espanhol de agricultores Asaja e que acompanhou as manifestações em Bruxelas. Agricultores de vários países da Europa, incluindo Holanda, Escócia, França, Polônia, Bélgica, Romênia, Itália, Espanha e Portugal, estavam na mobilização em Bruxelas.

“Esta raiva é o resultado de 70 anos de política agrícola — que nos levou a expandir por meio de subsídios, apenas para nos criminalizar uma década mais tarde por sermos demasiado grandes e excessivamente poluentes”, disse ao jornal The Brussels Times um porta-voz da associação agrícola flamenga Boerenforum, Tijs Boelens. “Repreender as pessoas por fazerem exatamente o que lhes mandaram deixa as pessoas furiosas. A Europa está agora a colher o que semeou nos anos anteriores.”

Depois do protesto em Bruxelas, onde fica a sede da União Europeia, representantes do grupo foram recebidos pelas lideranças do bloco. Mas, segundo eles, não houve avanços, e eles prometem seguir com as manifestações. “Nenhum progresso foi feito. Agora vamos bloquear o país”, anunciou um representante sindical, segundo o Brussels Times. (Com informações da Revista Oeste)

 

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