A recente escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China reacende preocupações no varejo brasileiro. "Estamos falando de uma cadeia global altamente interligada", afirma a advogada Débora Farias, especialista em Direito para o Varejo. Segundo ela, o aumento de tarifas impacta diretamente os preços de insumos essenciais, como eletrônicos, autopeças, vestuário e calçados, "pressionando as margens dos lojistas e tornando a precificação dos produtos mais desafiadora".
Apesar dos desafios, o Brasil pode encontrar oportunidades, já que a China tende a redirecionar parte de suas compras para países alternativos, beneficiando setores de commodities como soja, milho, carne e celulose. "Soja, milho, carne e celulose são setores que podem ganhar terreno, o que aquece parte da economia", destaca Débora.
Diante desse cenário, especialistas recomendam estratégias como diversificação de fornecedores, monitoramento contínuo dos custos e investimento na fidelização dos clientes. "Consumidores bem atendidos, que confiam na marca, são mais propensos a continuar comprando, mesmo com variações de preço", reforça Débora. Empresas que se adaptam rapidamente e mantêm uma comunicação transparente podem fortalecer sua competitividade, mesmo em tempos de instabilidade global.