Os americanos Bank of America (BofA), Citi, Goldman Sachs e Wells Fargo anunciaram nos últimos dias que estão abandonando a maior aliança climática do mundo para bancos, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA).
Apoiado pela ONU, o pacto tem como objetivo limitar o financiamento e investimento a indústrias que contribuem para as emissões de gases de efeito de estufa. No Brasil, Bradesco e Itaú participam da coalizão de mais de 140 bancos abrangendo 44 países.
Esse é o mais recente sinal de que as empresas americanas podem recuar em suas metas climáticas durante o segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, segundo o Financial Times.
As instituições financeiras americanas estão sob crescente pressão de legisladores republicanos para se distanciar de iniciativas com metas para emprestar menos para a indústria de petróleo e gás e outras fontes de energia poluidoras.
A pressão aumentou após a vitória de Trump e suas ameaças às políticas verdes.
Os comunicados dos bancos tentaram agradar a gregos e troianos, mas deixam claro que na queda de braços entre ambientalistas e os anti-ESG, o segundo grupo marcou ponto. Comunicados das instituições indicam que elas seguem comprometidas com as metas de reduzir as emissões em suas carteiras de crédito, apesar da saída do acordo.
“Continuaremos a trabalhar com nossos clientes em suas transições para uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que ajudamos a garantir a segurança energética”, disse o Citi, que ao lado do BofA foi um dos fundadores da aliança.
Onda contra ‘capitalismo woke’ - As alianças net zero vêm perdendo membros importantes em um cenário de reação política ao chamado “capitalismo woke”.
Lançada em 2021, a aliança bancária aglutina membros que se comprometem a adotar políticas de financiamento que priorizem a descarbonização das operações de seus clientes. Com isso, estabelecem metas voluntárias para reduções para 2030, inicialmente focadas em setores intensivos em emissões, até chegarem a emissão zero em 2050.
(Fonte: Oul)