Publicado em 11/03/2025 por Redação Rádio Base
A sucessão de Gleisi Hoffmann na presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) está gerando uma crise interna significativa. Gleisi deixará a presidência do partido para assumir um cargo no governo de Lula, e Humberto Costa assumirá temporariamente a presidência do PT. No entanto, há uma disputa interna acirrada entre os apoiadores de Gleisi e Edinho Silva.
Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, é o favorito de Lula para suceder Gleisi. No entanto, há resistência interna dentro do partido, especialmente da corrente majoritária, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Recentemente, houve uma reunião na casa de Gleisi, onde petistas adversários da candidatura de Edinho elencaram razões pelas quais ele não seria eleito em julho. Edinho expressou indignação com o vazamento dessa reunião e afirmou que Lula foi "usado" ao ser convidado para a reunião com o objetivo de desestimular sua candidatura.
Além disso, o PT enfrenta divisões internas em sete estados antes das eleições de novos dirigentes regionais. No Rio de Janeiro, há disputa entre Washington Quaquá e grupos de Lindbergh Farias e Benedita da Silva. Em São Paulo e Paraná, a permanência de líderes atuais é questionada, com Kiko Celeguim e Arilson Chiorato enfrentando concorrência interna. Pernambuco, Ceará e outros estados também vivem impasses, refletindo tensões ideológicas e estratégias políticas.
A crise interna no PT, segundo alguns observadores, reflete divergências sobre a estratégia do partido e a concorrência por espaços e recursos na cúpula. A situação está longe de ser resolvida, e a tensão continua a escalar. (Com informações de "O Globo" e CNN Brasil/MSN)